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Mangueira, teu estandarte é uma nação!
A favela
Os primeiros habitantes chegaram ao morro da Zona Norte do Rio, próximo a São Cristóvão e ao Maracanã, nos idos de 1852. Os primeiros registros dão conta da instalação de uma fábrica de chapéus naquela localidade, que com o tempo passou a ser conhecida como Fábrica de Chapéus Mangueira. O nome vinha do fato de que a havia no morro uma grande quantidade de mangueiras, o que tornava a região uma das maiores produtoras de manga no Rio de Janeiro. O nome era forte e popular, tanto assim que a estação de trem da Estrada de Ferro Central do Brasil ali inaugurada, em 1889, foi batizada com o nome de Estação da Mangueira.
Aos primeiros moradores juntaram-se, em 1908, soldados despejados de algumas casas demolidas quando da reforma da Quinta da Boa Vista, bem como os desalojados do Morro Santo Antônio, no centro da cidade, em função do incêndio ali ocorrido em 1916.
O samba
O charme da comunidade, e grande diferencial que lhe dá prestígio até internacionalmente, é o seu papel fundamental na história do samba. A Estação Primeira de Mangueira foi ali fundada em 28 de abril de 1928, pela nata do samba carioca, reunindo nomes como Cartola, Carlos Cachaça e Saturnino e Zé Espinguela. Ela foi o resultado da união de vários blocos, ranchos e cordões que desfilavam na comunidade, como o Pérolas do Egito, Arengueiros, Guerreiros da Montanha, Trunfos da Mangueira e Príncipe das Matas. A escola conta com mais de 15 campeonatos do Grupo Especial carioca, e em boa parte deles o puxador oficial do samba foi Jamelão, considerado o maior intérprete de sambas enredos.
O verde rosa da escola de samba acabou se tornando uma referência imediata, e a história e identidade do bairro estão hoje indissociavelmente ligados à escola de samba.
A fama trazida pela escola ajudou a angariar recursos e a desenvolver o bairro. Hoje a Mangueira é um conta com um complexo social, com vários projetos destinados ao ensino de artes, cidadania e esportes (Vila Olímpica da Mangueira).
Muitos líderes mundiais já visitaram a comunidade, e o desempenho do Príncipe Charles em seu samba com a passista Pinah é algo que por muito tempo ficou na memória dos cariocas. Outro que teve presença marcante no morro foi o então presidente dos EUA, Bill Clinton, que na feliz definição de Jamelão, estava mais feliz “que pinto no lixo”.
Violência
A exemplo de muitas outras comunidades do Rio de Janeiro, a Mangueira esteve por muito tempo assombrada por uma violência desproporcional ligada ao tráfico de drogas. A situação geográfica especial tornava-a um local de difícil policiamento, e eram frequentem as disputas entre facções de traficantes. A instalação da UPP, Unidade de Polícia Pacificadora, a 18ª instalada no Rio.
Atrações da Mangueira
Onde comer
- Feijoada - Todo segundo sábado do mês rola uma feijoada na quadra da escola de samba da mangueira.
- Endereço: Rua Visconde de Niterói, 1072 - Morro da Mangueira
- Telefone: (21) 3872-6786 e (21) 3872-6787.
Onde se Hospedar
- Green Hostel Hotel -
- Endereço: Praça Guilherme Guinle, 151 - Mangueira
- Telefone: (21) 2535-2302
- República e Hostel Maracanã - Casa de três andares no Parque Residencial Jules Rimet (Loteamento), na comunidade pacificada da Mangueira, que oferece hospedagem para estudantes da UERJ e turistas, rapazes e moças.
- Endereço: Rua Visconde de Niterói, 512 / casa 97 - Mangueira
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