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Explicação científica para a beleza do Rio de Janeiro
A Baía de Guanabara é a resultante de uma depressão tectônica formada no perído Cenozóico (que tem início há 65 milhões de anos) entre dois blocos de falha geológica: a Serra dos Órgãos, uma muralha de gnaisse, e diversos maciços costeiros, menores.
Sem a Baía de Guanabara e o relevo que a contorna, a cidade do Rio de Janeiro não teria um décimo da beleza que tem hoje.
Paraíso náutico
Antes da colonização européia a população indígena já habitava o local atraídos pela abundância de alimentos, frutos do ecossistema da Baía de Guanabara e seu entorno, mas foi em 1502 que navegador o português Gonçalo Coelho adentrou a baía, que propiciava excepcional localização para a implantação de um porto e, conseqüentemente, para o surgimento de uma cidade. O porto calmo e seguro possuía grande valor estratégico, oferecendo suporte à navegação.
Um local com tantos atrativos só poderia mesmo acabar por atrair um grande número de pessoas e logo a cidade do Rio de Janeiro foi crescendo em importância nacional e internacional. Em pouco tempo já era a capital da Colônia e com a chegada da família real portuguesa tornou-se a capital do Reino. Para se tornar a capital da República foi um pulo.
E sendo capital, a cidade passou a receber o que havia de melhor em matéria de arquitetura da época.
Portanto, a beleza propiciada pela natureza, acrescida das jóias arquitetônicas erguidas até os anos 1930, transformaram o Rio de Janeiro numa das cidades mais cobiçadas do mundo.
Tempos modernos
Infelizmente, após os anos 30, o conceito arquitetônico mudou drasticamente e desde então muito pouco de bom surgiu em matéria de edificação. As obras de Oscar Niemeyer e Affonso Reidy, apreciadas pelos ditos modernistas, ajudaram a promover a escola de Bauhaus, espalhando obras de gosto duvidoso pela cidade e também Brasil afora. Até hoje há quem defenda esta vertente arquitetônica, embora seus efeitos catastróficos estejam aí para todo mundo ver. Infelizmente criticar tais obras é tabú e continuamos a pagar com dinheiro público muitas dessas aberrações arquitetônicas que ajudam a descaracterizar ainda mais a nossa cidade.