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Categoria:Locais históricos na cidade do Rio de Janeiro
Locais do Rio de Janeiro que permitem reviver a época do Império
O Rio de Janeiro era uma pequena cidade quando Dom João VI desembarcou com sua corte, em 7 de março de 1808, para torná-la a capital do Império Português.
Mais de cem anos após a instauração da República, a cidade ainda oferece uma série de lugares onde o visitante pode reviver os tempos imperiais. Locais como a Quinta da Boa Vista, o Jardim Botânico, a Ilha Fiscal e o Paço Imperial foram cenários de acontecimentos que marcaram a história do Brasil. Veja o roteiro histórico que percorre os caminhos de D. João VI, D. Pedro I, D. Pedro II e outras personalidades da época:
Quinta da Boa Vista
O cartão postal do bairro de São Cristóvão, na Zona Norte do Rio, é a antiga residência da realeza e de imperadores do Brasil, entre 1822 a 1889, quando foi proclamada a República. O parque possui uma área de 155 mil m², que hoje abriga o Museu Nacional, e teve o seu projeto criado pelo paisagista francês Auguste Glaziou. Os jardins tornaram-se um dos destinos mais procurados nos dias de sol para piqueniques em família. No lago, pedalinhos e caiaques são opções de passeios. As cavernas do local são uma atração à parte. No parque, também não faltam alternativas para a prática de esportes.
- Endereço: Avenida Pedro II - s/n - São Cristóvão
- Telefone: (21) 2234-1181
- Horário de Funcionamento: Todos os dias, das 7:00h às 18:00h.
- Entrada: Gratuita.
Museu Nacional
O Museu Nacional, que pertence à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), foi criado por D. João VI, em 1818. Ele fica situado no palácio onde vivia a Família Imperial do Brasil, na Quinta da Boa Vista. É a instituição cientifica mais antiga do país e uma das principais de história natural e antropológica da América Latina. A antiga residência real, onde nasceu D. Pedro II, expõe uma coleção de peças da época do descobrimento do Brasil, em 1500, até a Proclamação da República, em 1889. Entre elas, o Canhão do Meio Dia, de 1858, usado por D. Pedro I e Theresa Christina Maria e o Relógio do Sol. No museu, é possível conhecer também a sala particular do casal na época, a Sala do Trono e peças utilizadas por D. Pedro II e Theresa Christina em suas pesquisas, como uma múmia que ficava no escritório do imperador.
- Endereço: Quinta da Boa Vista - São Cristóvão
- Horário de Funcionamento: De terça feira a domingo, das 10:00h às 16:00h.
- Telefone: (21) 2562-6900
- Entrada: Crianças de 0 a 5 não pagam. De 6 a 10 anos: R$ 1. Adultos: R$ 3.
Paço Imperial
O Paço Imperial, chamado na época do império de Paço Real, foi a primeira residência da Família Imperial do Brasil, entre 1808 a 1822. Os cômodos voltados para o mar e para a praça constituíam a parte nobre do prédio, como a Sala do Trono, onde aconteciam as audiências reais. Na parte da frente e no centro da fachada voltada para a praça, alojavam-se os membros da Família Real. O Paço Imperial foi palco de grandes acontecimentos, como o Dia do Fico, em 9 de janeiro de 1822, a coroação de D. João VI, em 1818, e a chegada de D. Leopoldina para o casamento com D. Pedro, em 1817. Segundo historiadores, apesar das reformas, o palácio ainda era considerado desconfortável para a Família Real, que se transferiu para a Quinta da Boa Vista, em 1822. Em 1985, o Paço Imperial transformou-se em um centro cultural e hoje tem exposições, peças teatrais, concertos, seminários e conferências.
- Endereço: Praça XV - Centro
- Telefone: (21) 2215-3622
- Horário de Funcionamento:
- Exposição Permanente (térreo): Todos os dias das 11:00h às 18:00h
- Circuito Expositivo (1º e 2º pavimento): Terça a domingo, das 12:00h às 18:00h.
- Entrada:Gratuita.
Igreja da Ordem Terceira do Carmo – Antiga Igreja da Sé
As cerimônias pela chegada da Família Real ao Brasil foram realizadas na Sé, que era, então, a Igreja do Rosário. Pouco depois, D. João determinou que a Igreja do Carmo, situada mais perto do Paço, fosse elevada a Capela Real. Esta mudança também foi motivada pela beleza da Igreja do Carmo, que em 1785 teve seu interior decorado pelo entalhador Inácio Ferreira Pinto. A Capela Imperial sediou as cerimônias de sagração dos imperadores D. Pedro I e D. Pedro II. No local, também foi realizado o casamento da Princesa Isabel com Louis Phillippe Gaston d’ Orléans, em 1864.
- Endereço: Rua do Carmo, 46 - Centro
- Telefone: (21) 2242-4828
- Horário de Funcionamento: De segunda a sexta, das 8:00h às 16:00h. Sábado, das 8:00h às 11:00h. Missas, segundas às 12:00h.
- Entrada: Gratuita.
Real Gabinete Português de Leitura
O Real Gabinete Português de Leitura reúne o mais valioso acervo de autores lusitanos fora de Portugal. São cerca de 400 mil títulos. Dentre eles, as obras raras: a primeira edição de "Os Lusíadas", de 1572, e "Ordenações de D. Manuel", por Jacob Cromberger, editada em 1521. O Real Gabinete foi criado em 14 de maio de 1837, quando na casa do advogado português Antônio José Coelho Louzada, portugueses residentes no Brasil se reuniram com o objetivo de valorizar e divulgar a cultura portuguesa.
- Endereço: Luís de Camões, 30 – Centro
- Telefone: (21) 2221-3138
- Horário de Funcionamento: Segunda a sexta, das 9:00h às 18:00h.
- Entrada: Gratuita.
Museu Nacional de Belas Artes
Criado oficialmente em 1937, o museu tem em seu acervo peças da coleção pessoal de Dom João VI, trazidas por ele em 1808. Entre as telas do século XIX que se destacam estão o Retrato de Dom João VI (1817) de Debret; Batalha dos Guararapes (1875/1879) e a Primeira Missa no Brasil (1860) de Victor Meirelles. No Museu, também é possível apreciar a Batalha do Avaí (1877/1879) de Pedro Américo (1843 - 1905); Caipiras Negaceando (1888) de Almeida Júnior (1850 - 1899). Com uma coleção de cerca de 15 mil peças, o Museu Nacional de Belas Artes (MNBA) apresenta-se como o principal museu de arte brasileira no que diz respeito à produção do século 19.
- Endereço: Avenida Rio Branco, 199 (Cinelândia) - Centro
- Telefone: (21) 2219-8474
- Horário de Funcionamento: Terça a sexta, das 10:00h às às 18:00h. Sábado, domingo e feriados, das 12:00h às 17:00h.
- Entrada:
Igreja Nossa Senhora da Glória do Outeiro
Em 1808, a Igreja Nossa Senhora da Glória do Outeiro ganhou destaque na história do Brasil e do Rio de Janeiro com a chegada da corte portuguesa. A família real tinha especial predileção por ela, segundo historiadores. Localizada no topo do Outeiro da Glória, foi cenário da cerimônia de batizado da princesa Maria da Glória, em 1819, que foi trazida por seu avô D. João VI. A partir de então, todos os membros da família Bragança, nascidos no Brasil, são consagrados na Igreja. Em 27 de dezembro de 1849, D. Pedro II outorgou o título de "Imperial" à Irmandade.
- Endereço: Praça Nossa Senhora da Glória, 135/204 - Glória
- Telefones: (21) 2225-2869 e (21) 2557-4600
- Horário de Funcionamento: Todos os dias, das 8:00h às 12:00h e das 13:00h às 17:00h.
- Missas: Domingos, 9:00h e 11:00h (Missa da Irmandade).
- Entrada: Gratuita.
Ilha Fiscal
A Ilha Fiscal ficou famosa por ser o cenário daquele que ficou conhecido como “O último Baile do Império”, realizado alguns dias antes da Proclamação da República. Décadas se passaram e o castelo, que testemunhou diversos fatos históricos, é hoje uma das principais atrações turísticas do Rio de Janeiro. No local, há três exposições permanentes, uma delas com a história da ilha e sua importância no século 19. O acesso à Ilha Fiscal normalmente é feito por escuna. Quando a escuna está em manutenção ou em caso de mau tempo, o acesso é feito por micro-ônibus.
- Endereço: Espaço Cultural da Marinha - Av. Alfredo Agache s/n , próximo à Praça XV - Centro
- Telefone: (21) 2104-6992
- Horários de saída da escuna: Quinta a domingo, às 12:30h, 14:00h e 15:30h.
- Entrada: R$ 15 (adultos) e R$ 7 (estudantes, crianças de até 12 anos e adultos com mais de 60 anos).
- Venda de ingressos: Somente nos dias de passeio das 11:00h às 16:00h.
- O centro cultural funciona de terça a domingo, das 12:00h as 17:00h e a entrada é franca.
- O Complexo Cultural da Marinha não abre nos seguintes dias: 01/01, Carnaval, Sexta-feira da Paixão, 02/11, 04/12, 24/12, 25/12 e 31/12.
Jardim Botânico
D. João VI criou o Jardim Botânico em 13 de junho de 1808, chamado na época por ele de Jardim de Aclimação, com o objetivo de aclimatar as especiarias vindas das Índias Orientais. Encantado com a natureza do lugar, D. João instalou o Jardim, que em outubro do mesmo ano passou a ser Real Horto. As primeiras plantas que chegaram ao Jardim Botânico vieram das Ilhas Maurício, oferecidas por Luiz de Abreu Vieira e Silva. O local, que recebeu diversos nomes até ser chamado de Jardim Botânico, é aberto ao público desde 1822.
- Endereço de acessos ao Jardim Botânico
- Rua Jardim Botânico, 1008 (com estacionamento e bicicletário)
- Rua Jardim Botânico, 920 (sem estacionamento e com bicicletário)
- Rua Pacheco Leão, 100 (somente para pedestres)
- Nos fins de semana, os visitantes também podem utilizar o estacionamento do Jockey Club Brasileiro.
- Telefone: (21) 3874-1808 e (21) 3874-1214
- Entrada: R$ 6,00 - Individual (adulto). Gratuidade para crianças até 7 anos e adultos a partir de 60 anos, residentes no Brasil ou em outros países que fazem parte do Mercosul.
Floresta da Tijuca
Após anos de extração de madeira e de plantações, principalmente de café, a mando de D. Pedro II, a Floresta da Tijuca começou a ser naturalmente reflorestada em 1861, após um processo de desapropriação no século 19. Localizada no Parque Nacional da Tijuca, o local é rico em fontes, fauna e flora. Entre os principais pontos turísticos da Floresta da Tijuca estão a Cascatinha Taunay, a mais alta e mais conhecida cascata do parque, e a Capela Mayrink, construída em 1850 com o nome de Nossa Senhora do Belém.
- Endereço: Estrada da Cascatinha, 850 - Alto da Boa Vista
- Telefone: (21) 2492-2252 e 2492-2253
- Horário de Funcionamento: Segunda a sexta, das 9:00h às 18:00h.
- Entrada: Gratuita.
Biblioteca Nacional
Fundada em 1905, antes da sua inauguração no prédio que existe hoje no Centro do Rio, a Biblioteca Nacional teve o seu acervo formado após um incêndio na Real Biblioteca, em Lisboa, em 1755. A partir deste momento, iniciou-se um movimento para a sua recuperação, com isso, o acervo foi trazido ao Brasil em três etapas: a primeira em 1810 e as seguintes em 1811. Do período imperial, é possível encontrar na Biblioteca Nacional, entre outras relíquias, cartas de Dom Pedro II para a Condessa de Barral. Também é possível ver retratos de Dom Pedro II e da esposa Theresa Christina, de 1888. Imagens do Rio da época imperial, que foram registradas no álbum “O Brasil Pitoresco e Monumental”, publicado por E.Rensburg, em 1856, também podem ser encontradas.
- Endereço: Avenida Rio Branco, 219 - Centro
- Telefone: (21) 3095-3879
- Horário de Funcionamento: Segunda a sexta, das 9:00h as 20:00h. Sábado, das 9:00h as 15:00h.
- Visita guiada: R$ 2 (Meia entrada para estudantes e gratuidade para pessoas com mais de 60 anos).
Museu do Primeiro Reinado
O Museu do Primeiro Reinado foi construído em 1826, por ordem do Imperador D. Pedro I para Domitila de Castro Canto e Melo, a Marquesa de Santos, que ali residiu por dois anos.
- Endereço: Av. Dom Pedro II, 293 - São Cristóvão
- Telefone: (21) 2332-4513.
- Horário de Funcionamento: Terça a sexta, das 11:00h as 17:00h.
- Entrada: Gratuita.
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