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Canadense realiza salto radical da Pedra da Gávea com wing suit
Rob Heron, mestre do base jump, veio ao Brasil para conhecer rotas de vôo e provou ser possível saltar sem abrir o pára-quedas por mais de um 1 minuto.
Rob Heron é um símbolo. Entre os atletas de base jump, os “homens–voadores”, ele é respeitado como um mestre. A ousadia e os saltos mais difíceis do mundo fizeram dele uma espécie de “Pelé dos ares”. O “Esporte Espetacular” pegou carona nas asas deste canadense em um salto impressionante a 842 metros de altura no Rio de Janeiro.
Em missão no Brasil, Rob está à procura de novas rotas de vôos. Ele quer abrir caminhos para outros homens-voadores, e a rota mais difícil começa no topo da Pedra da Gávea, no Rio de Janeiro. Um ponto que só é possível alcançar por uma trilha de mais de três horas pela mata. Próximo a uma famosa rampa de vôo livre, este penhasco merece respeito. É um colosso de 842 metros de altura, batizado pelos portugueses por causa da forma que apresenta quando vista do mar: a da gávea de uma caravela.
A missão de Rob é mostrar que é possível fazer o que até agora era tido como impossível: saltar da montanha e voar sem abrir o pára-quedas por mais de um minuto. Mas ele não é louco o bastante para abrir mão de segurança. Para voar sobre o ar em alta velocidade ele usa uma roupa especial, chamada “wing suit”, que em inglês significa roupa com asas. É feita sob medida, com um tecido leve, forte e ultra-resistente chamado Kevlar, o mesmo usado em coletes a prova de bala.
No topo do penhasco, um momento de concentração antes do pulo. Antes de Rob, Hugo Langel, brasileiro que já encarou o mesmo cenário em cima de uma corda, o Highline, pula primeiro para registrar em vídeo debaixo de seu pára-quedas. Em seguida, vai Rob. Rapidamente sua velocidade chega a 200 km/h. Parece efeito especial de cinema, mas o helicóptero acompanha tudo e mostra o que parece ser um milagre: ele plana sobre o ar como se realmente tivesse a capacidade de voar.
No final do percurso, um susto. O canadense passa muito perto da rocha e uma rajada de vento o força a abrir o pára-quedas. Em vez de pousar na praia como previsto, Rob desaparece entre as árvores e acaba pousando numa quadra de tênis de um condomínio!
- Eu já estive lá antes, falei com as pessoas, elas sabiam que não era uma emergência, não tinha ninguém jogando, então, todos ficaram felizes – diz.
Cair na quadra de tênis não estava nos planos e por isso Rob sobe a montanha para uma segunda e inacreditável tentativa. Desta vez, ele faz tudo perfeito. São cinqüenta e oito segundos de queda livre. A pista por onde passam os carros se aproxima. Só muito perto da areia, a trinta metros do chão, para alívio de toda equipe, ele comanda o pára-quedas e segue desacelerando até o solo.
Em 14 anos de aventuras, Rob conta que se machucou apenas uma vez, porque as vezes voa descalço, e no pouso acaba machucando.
Se ele acha que verá muitos outros se arriscando como ele? A resposta é sim:
- Eu acredito que muitas pessoas que tiveram esse sonho, agora podem ver que isso é possível. Com a tecnologia e a habilidade das pessoas em definitivamente breve elas estarão pulando dessa pedra.
Para finalizar, Rob afirma que o chão é o limite, não o céu:
- Eu me recuso a viver com limites!!!
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