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Museu do Bonde

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Museu do bonde

História dos bondes

Os bondes fizeram parte da história do Rio, sendo um transporte bastante adequado para a época, para as ruas da época e estilo de vida da população. Na metade do século XIX, os primeiros bondes eram puxados por tração animal – burros eram utilizados para puxar um bonde, com capacidade para 16 pessoas, em média.

A palavra bonde, vem do inglês “bond”, que significa “ligação”. Ou seja, ligavam pontos da cidade onde, antes deles, só se era possível chegar à pé ou de carruagem. Os bondes foram de grande valia para um início de modernização e benefício da população.

Em 30 de Janeiro de 1859 começava a circular, de forma experimental, o primeiro bonde do Brasil, por iniciativa de Thomas Cochrane. Mas os serviços regulares de bonde foram inaugurados em 26 de Março de 1859, contando com a presença de D. Pedro II e sua esposa. Eram bonde puxados pela tração animal. Em 1862 a força animal foi substituída pelo vapor, mas o intento não vingou.

Por volta de 1878 um fabricante americano John Stepherson produziu um bonde especialmente para D. Pedro II. Ele era verde por fora e seu interior possuía peças de metal niqueladas.

Quase no término do século XIX, nos idos de 1892, surge o primeiro bonde elétrico do Brasil e de toda América do Sul. Era o carro de nº 104 da Cia. Ferro-Carril do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, que transportou, em sua viagem inaugural, passageiros ilustres, inclusive o Presidente da República Marechal Floriano Peixoto, que saíram do centro da cidade até o Largo do Machado, onde era o escritório da empresa. Mas os bondes ficaram no passado. O que hoje resta, são museus que contam sua história.


O museu

Em 1979, na Estação carioca, funda-se o Museu do Bonde, ali permanecendo por quase 20 anos. Transferido para Santa Tereza, inaugurou-se uma nova fase do Museu. As instalações foram reconstruídas, modernizadas, e oferecem ao visitante mais de 300 peças que mostram a passagem dos bondes pela cidade do Rio de Janeiro.

O Museu oferece ainda amostras do cotidiano dos bondes ao longo das décadas em que foram utilizados como principal meio de transporte na cidade. Vemos essas ilustrações nos objetos mostrados no Museu como campainhas e relógios originais, balaústres, réplicas dos bondes em miniaturas, uniformes dos motorneiros e condutores dos bondes.

Existe também um grande acervo iconográfico, mostrando a história dos bondes desde quando eram puxados pelos burros.

No museu também se pode ver fotos das paisagens do Rio antigo, com isso o visitante transporta-se ao tempo em que a vida andava mais devagar, quando as pessoas ainda se cumprimentavam nas ruas e paravam as 5h para seu chá nas elegantes confeitarias da cidade.

Um vídeo de 40 minutos conta também a história dos bondes no Rio de Janeiro, com crônicas e músicas feitas em sua homenagem. O local é visitado por estudantes, curiosos e pesquisadores. Funciona diariamente, na garagem de consertos dos bondinhos de Santa Tereza, das 9h até as 16:30.


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