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Edição atual tal como às 22h18min de 12 de novembro de 2024

O Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela é uma das mais tradicionais e conhecidas escolas de samba da cidade brasileira do Rio de Janeiro. É carinhosamente chamada de "A Majestade do Samba" e sua história remete aos idos de 1921, quando Esther Maria Rodrigues (1896-1964) e seu marido Euzébio Rosas, então porta-bandeira e mestre-sala do cordão Estrela Solitária, de Madureira, mudaram-se daquele bairro para Osvaldo Cruz, onde fundaram o bloco Quem Fala de Nós Come Mosca.

Uma dissidência desse bloco, comandada por Galdino Marcelino dos Santos, Paulo Benjamin de Oliveira (conhecido como Paulo da Portela), Antônio Rufino e Antônio da Silva Caetano, deu origem em 1922 a outro bloco, o Baianinhas de Osvaldo Cruz, que logo no ano seguinte adotou um estatuto e montou uma diretoria, fato que faz com que a data de fundação da Portela seja muitas vezes remetida erroneamente a 1923. O bloco, no entanto, não durou muito tempo.

Em abril de 1923, reunidos numa casa, na Estrada do Portela. Rufino, Caetano e Paulo decidiram criar um outro bloco, que teve seu documento de fundação assinado em 11 de abril de 1926, nascendo assim o Conjunto Carnavalesco Osvaldo Cruz, que teve Paulo da Portela como seu primeiro presidente. Em seus dados oficiais, todavia, a Portela considera sua fundação em 11 de abril de 1923 e no ano de 1929 acontece o primeiro concurso de sambas conhecido. Organizado pelo pai-de-santo Zé Espinguela, este concurso contou com a participação de sambistas do Estácio, da Mangueira e de Oswaldo Cruz, tendo sido divulgado por Zé Espinguela na coluna que ele tinha no jornal Vanguarda, e sendo vencido pelo Conjunto de Oswaldo Cruz. Após esta vitória o bloco muda de nome para Quem nos Faz é o Capricho, por influência de Heitor dos Prazeres, que além de sugerir o nome, desenhou sua bandeira.

Mudou de nome por duas vezes - "Quem Nos Faz É O Capricho" e "Vai Como Pode" -, até assumir definitivamente a denominação Portela, em meados da década de 1930 e quando as escolas de samba ainda estão sendo definidas, o grupo muda novamente de nome, desta vez para Vai como Pode (na verdade, "Vae Como Pode", na grafia da época). Tal mudança foi motivada por uma briga entre seus integrantes, quando em 1930, Heitor dos Prazeres teria se apropriado dos direitos autorais de Rufino, registrando em seu nome o samba "Vai mesmo", prática comum entre os sambistas da época, mas não tolerada em Oswaldo Cruz. Após este evento, Heitor se afastou definitivamente da escola, indo para a agremiação De Mim Ninguém Se Lembra; Paulo também ficou um tempo afastado.

Uma nova bandeira para a agremiação foi desenhada por Antônio Caetano, que passou a ocupar o cargo de presidente e se escolheu como cores o azul e o branco - já associadas à agremiação desde 1929. O modelo de bandeira, com faixas diagonais partindo de um círculo central, mais tarde se tornaria um padrão para a maioria das escolas de samba. Segundo Caetano, tal modelo seria inspirado na Bandeira do Sol Nascente, uma das bandeiras oficiais do Japão. Também na mesma ocasião foi escolhida a águia como símbolo da entidade, pois esta simbolizaria, para Caetano, o voo mais alto que os sambistas desejariam alçar.

Ainda em 1931, mesmo sem um concurso oficial, a agremiação apresentou-se com duas inovações em termos de escolas de samba, trazidas dos ranchos: o enredo "Sua Majestade, O Samba", e uma alegoria de uma figura humana integrada por instrumentos de percussão.

Nos três anos seguintes, disputou os primeiros concursos de Carnaval. O primeiro deles foi organizado em 7 de fevereiro de 1932 pelo jornalista Mário Filho, do jornal "O Mundo Sportivo", com grande repercussão na imprensa. Os dois seguintes foram promovidos pelo jornal rival, O Globo, até que em 1935, a Prefeitura do Rio de Janeiro resolveu subvencionar o evento, oficializando-o como parte do carnaval carioca. Com isso, as escolas de samba precisavam legalizar suas situações perante a Delegacia de Costumes e Diversões, para receber alvará de funcionamento como grêmios recreativos.

A dois dias do desfile de carnaval, marcado para 3 de março, o delegado Dulcídio Gonçalves recusou-se a renovar a licença da Vai Como Pode, por considerar o nome chulo e indigno de uma escola de samba. Ele próprio sugeriu que a agremiação fosse batizada como Portela, em referência ao logradouro Estrada do Portela, onde diversos sambistas se reuniam. criou-se o Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela. Com o novo nome, a escola de samba venceu pela primeira vez o desfile de carnaval carioca, com o enredo "O Samba Dominando o Mundo". Durante o desfile, a escola levou para a avenida um rústico globo terrestre, idealizado por Antônio Caetano, introduzindo, desta forma, as alegorias nos desfiles das escolas de samba.

Nos dois desfiles seguintes, conquistou respectivamente terceiro e segundo lugares com os enredos "Voando para a glória" e "O Carnaval-Samba de Boaventura". Em 1938, o enredo da escola foi "Democracia do Samba", mas não houve competição, por conta das fortes chuvas que impediram que a comissão julgadora chegasse ao local dos desfiles. Já em 1939, a Portela foi novamente campeã com o enredo "Teste ao Samba", que é considerado por muitos como o primeiro samba-enredo. Em 1940, a escola conquistou o quinto lugar com o enredo "Homenagem à Justiça".

Em 1941, após um desentendimento com o mestre-sala Manuel Bambambã, Paulo da Portela não desfilou. Paulo durante muito tempo brigou para que todos os componentes desfilassem devidamente fantasiados ou se não, vestidos com as cores da escola, porém no dia deste desfile ele voltava de uma apresentação em São Paulo, juntamente com Heitor dos Prazeres e Cartola, e estavam todos vestidos de preto e branco. Sem tempo de trocarem de roupa, combinaram assim de desfilar, os três, em cada uma de suas escolas de samba. Porém, em vez de desfilarem pela Portela, Bambambã não permitiu que os outros dois, não estivessem devidamente vestidos e pudessem desfilar. Na verdade, Bambambã já tinha desentendimentos anteriores com Heitor, quando da passagem deste pela Portela, ocasião em Bambambã o havia esfaqueado. Na hora do ocorrido, poucos perceberam o que estava ocorrendo, porém muitos ficaram a favor de Bambambã, que o julgaram falta de coerência por parte de Paulo da Portela, que tanto havia brigado pelo respeito as cores da escola no desfile, querer desfilar daquela maneira. Após o incidente, Paulo da Portela jamais desfilou novamente por sua escola do coração. Porém, durante as tentativas dos Estados Unidos de construir uma "relação de boa-vizinhança" com os seus vizinhos da América do Sul, Paulo da Portela foi escolhido para ser o modelo da criação do personagem Zé Carioca, bem como para representar o samba no exterior. Por conta disso a Portela excursionou pelos Estados Unidos, e acabou sendo apresentada no evento pelo próprio Paulo da Portela.

Nas décadas de 1940 e 1950, comandada pelo ilustre bicheiro Natal da Portela, que era amigo de Paulo da Portela, a escola conquistou inúmeros campeonatos, com destaque para o heptacampeonato consecutivo, entre 1941 e 1947, respectivamente com os enredos "Dez Anos de Glória"; "A Vida no Samba"; "Carnaval de Guerra"; "Brasil Glorioso"; "Motivos Patrióticos"; "Alvorada do Novo Mundo"; "Honra ao Mérito". Ainda neste ano, houve um racaha no carnaval carioca, com a criação da FBES para fazer frente à UGESB. A Portela manteve-se sempre ao lado da segunda, exceto uma passagem de um ano pela UCES em 1950. Durante os quatro desfiles de racha, a escola conquistou o terceiro lugar em 1948, com o enredo "Princesa Isabel"; nos dois anos seguintes, dois vices-campeonatos, com os enredos "Despertar do Gigante" e "Riquezas do Brasil"; e em 1951, o décimo campeonato da história da escola de samba, com o enredo "A Volta do Filho Pródigo".

Em 1952, o carnaval carioca novamente ficou sob responsabilidade de uma entidade, com a fusão da FBES com a UESB, surgindo a Associação das Escolas de Samba. A partir deste ano, foram criados dois grupos - no primeiro inscreveram-se escolas de samba com um mínimo de 300 componentes e, no segundo, exige-se um mínimo de 100 componentes. No entanto, não houve concurso para o grupo principal, por conta de um forte temporal que provocou o abandono dos jurados. No desfile do ano seguinte, mais um título, desta vez com o enredo "Seis Datas Magnas", este composto por Candeia (então com 17 anos) e Altair Prego. Em 1954, a escola resolveu homenagear o Quarto Centenário da cidade de São Paulo, com o enredo "São Paulo Quatrocentão", que deu o quarto lugar à agremiação. Nos dois desfiles seguintes, que passaram a contar com acesso e rebaixamento, a Portela chegou apenas a um terceiro e quarto lugares, com os temas "Festas Juninas em Fevereiro" e "Tesouros do Brasil, Riquezas do Brasil ou Gigante Pela Própria Natureza".

De 1957 a 1960, a escola conquistou um tetracampeonato, com os respectivos enredos "Legados de D. João"; "Vultos Efemérides do Brasil"; "Brasil, Panteon de Glórias"; "Rio, Cidade Eterna".

A sede da escola, no Bar do Nozinho, na Estrada do Portela, em Oswaldo Cruz, foi posteriormente transferida para outro endereço, no mesmo logradouro, posteriormente apelidado de "Portelinha". Devido ao tamanho considerado pequeno do local, as disputas internas de samba-enredo, durante a década de 1960, já não mais podiam ser realizadas em sua sede, sendo que para isso, a Portela passou a alugar o Imperial Esporte Club, em Madureira, numa localidade que à época era chamada de Magno, devido à Estação Magno. ainda na década de 1960, a Portela conquistou mais três carnavais, chegando a 18 campeonatos no total. Em 1962, o título veio com o enredo "Rugendas ou Viagens Pitorescas pelo Brasil". Em 1964, com "O Segundo Casamento de D. Pedro II ", sendo que a escola utilizou violinos em sua bateria, realizando uma harmonia durante o desfile da escola. Em 1966, com "Memórias de um Sargento de Milícias" - este, composto pelo jovem Paulinho da Viola.

No primeiro carnaval da década de 1970, a Portela conquistou o campeonato com o enredo "Lendas e Mistérios da Amazônia", que se tornou um clássico dos carnavais cariocas. De autoria dos compositores Catoni, Jabolô e Valtenir, o enredo tinha um inesquecível refrão em onomatopéia "Ô esquindô, lá, lá, esquindô lê, lê", que imitava o som dos instrumentos da bateria. A partir desse carnaval, o carro abre-alas passou a trazer, ininterruptamente, a águia, símbolo da escola – ora de grandes proporções, ora menor; com ou sem movimentos. Entre 1971 e 1979, a escola viveria seu maior jejum de carnavais até então, embora tenha se mantido sempre estre as cinco mais bem colocadas, incluindo três vice-campeonatos (em 1971, 1974 e 1977). Apesar de ficar sem títulos no período, a Portela fez desfiles e teve enredos memoráveis nesse período.

Em 1972, a escola resolveu apostar em um carnavalesco, o médico Hiram da Costa Araújo, o primeiro da história da escola. Ele ajudou a criar o departamento cultural e de carnaval da Portela, que organizava coletivamente os carnavais da agremiação, e foi o responsável por introduzir muitas inovações nos desfiles da agremiação, que passaram a rivalizar com os luxuosos carnavais de Joãosinho Trinta. No entanto, essa modernização geraria sérios atritos com integrantes mais tradicionais da escola, que criticavam os desfiles grandiloquentes elaborados por Araujo, e distantes dos tempos de ouro da Portela.

Naquele ano de 1972, o enredo "Terra da Vida (Ilu Ayê)", de Cabana e Norival Reis, exaltava a cultura e as tradições negras, se tornando um dos mais importantes da história da escola, que ficou em terceiro lugar no desfile. No ano seguinte, a escola comemorava seus 50 anos, com o enredo "Passárgada, o Amigo do Rei", baseado no poema "Vou-me embora pra Pasárgada", de Manuel Bandeira, com um desfile repleto de alusões ao universo das crianças (com alegorias que lembravam parques de diversões). Com o enredo "O Mundo Melhor de Pixinguinha", em 1974, a escola homenageou Pixinguinha, grande músico brasileiro que havia falecido pouco tempo antes. Além da divisão por conta da proposta de um desfile exuberante - muito distinto dos tempos mais tradicionais da escola -, muitos integrantes ficaram indignados quando o presidente Carlinhos Maracanã convidou a dupla Jair Amorim e Evaldo Gouveia para compôr o enredo da Portela daquele ano, quebrando uma tradição de compositores de fora da escola.

Em 1975, a Portela apresentou outro enredo que se tornaria um clássico, "Macunaíma, Herói da Nossa Gente", baseado na história do personagem de Mário de Andrade. A escola só conseguiu um quinto lugar. E o relacionamento entre a diretoria da escola e sambistas culminaram em mais desentendimentos. O principal deles resultou na saída, no ano seguinte, de sambistas como Candeia e Wilson Moreira, que fundaram o Grêmio Recreativo de Arte Negra e Escola de Samba Quilombo. Outros sambistas como Zé Kéti e Paulinho da Viola também abandonaram Oswaldo Cruz, mas com exceção de Candeia (morto em 1978), eles retornariam a Portela na década de 1980. No desfile de 1976, a escola apresentou o enredo "O Homem do Pacoval", contando as histórias e mistérios da Ilha de Marajó, e acabou ficando em quarto lugar - embora tenha faturado o Estandarte de Ouro de melhor escola.

Em 1977, o desfile da escola foi sobre a Festa da Aclamação, um festejo feito no Rio de Janeiro em 1818, comemorativo da aclamação de Dom João VI como rei de Portugal. A Portela ficou com o vice-campeonato, perdendo apenas por um ponto da Beija-Flor. No ano seguinte, apresentou um enredo sobre a "mulher brasileira". Mais uma vez houve desentendimentos entre a diretoria e sambistas mais tradicionais - estes criticavam principalmente o samba-enredo, mais uma vez de autoria da dupla Jair Amorim e Evaldo Gouveia. Com todas as fantasias e alegorias foram criadas pelas figurinistas Rosa Magalhães e Lícia Lacerda, a escola acabou ficando apenas no 5º lugar. Desgastado, o carnavalesco Hiram Araújo deixou a Portela logo após aquele carnaval, sendo substituído por Viriato Ferreira, então braço-direito de Joãosinho Trinta na Beija-Flor.

No último desfile da década de 1970, a Portela abocanhou o terceiro lugar, com o enredo "Incrível, Fantástico, Extraordinário!", em um ano no qual a escola abriu seu desfile com uma águia em isopor, sem bater as asas.Com o enredo "Hoje tem marmelada?", a escola desfilou o carnaval de 1980 mais uma vez na condição de favorita ao título, ao lado da Beija-Flor - que havia dominado os desfiles da segunda metade da década anterior. Em uma apuração disputada, a Portela conquistou seu 20° título, colocando fim ao jejum de nove anos sem títulos. Era a primeira vez que a tradicional azul e branco de Oswaldo Cruz conquistava um carnaval na Rua Marquês de Sapucaí, onde, seria erguido o sambódromo carioca. Mas a conquista foi dividida com a escola de Nilópolis e a Imperatriz.36

Em 1981, com o enredo "Das Maravilhas do Mar, Fez-se o Esplendor de uma Noite". Novamente em uma apuração acirrada e protagonizada por Imperatriz, Beija-Flor e Portela, a escola de Oswaldo Cruz ficou com a terceira colocação. No ano seguinte, o carnavalesco Viriato Ferreira afastou-se durante os preparativos para o carnaval, por discordâncias sobre a forma de desfile que a diretoria pretendia. A dupla Edmundo Braga e Paulino Espírito Santo assumiu o desenrolar final do enredo "Meu Brasil Brasileiro", que culminou em mais um vice-campeonato para a Portela. Os dois carnavalescos continuaram na escola para o desfile de 1983, com o enredo "A Ressurreição da Coroa, Reisado, Reino e Reinado". Mais uma vez, os portelenses ficaram com o segundo lugar - em um desfile que ficou marcado pela última aparição de Clara Nunes, dias antes de ser internarda para a fatídica cirurgia que lhe custaria a vida.

Em 1984, finalmente o Sambódromo da Marquês de Sapucaí ficou pronto. E naquele ano, seriam disputados dois carnavais, mais um "supercampeonato". Com o enredo "Contos de Areia", os carnavalescos Edmundo Braga e Paulino Espírito Santo prepararam um desfile em homenagem aos portelenses Paulo da Portela, Natal e Clara Nunes, que foram representados respectivamente pelos orixás Oranian, Oxóssi e Iansã. Foi um carnaval inesquecível para os portelenses. O samba-enredo composto por Dedé da Portela e Norival Reis tornou-se mais a entrar para a história da Portela e do carnaval carioca. Acompanhados pela bateria do mestre Marçal, que tinha à frente Regina e Paulo Roberto como mestre-sala e porta-bandeira, mais de 5.000 componentes desfilaram. A comissão de frente destacava Manacéa, Alberto Lonato, Ary do Cavaco, Casquinha, Chico Santana e outros grandes sambistas tomaram parte da tradicional comissão de frente portelense. A apuração confirmou o favoritismo da Portela, que com 203 pontos (dois a mais que a Império Serrano), faturou seu 21º título. No campeonato extra do dia 10 de março, para celebrar a inauguração do sambódromo carioca, desfilaram Portela, Império Serrano, Caprichosos (primeiras colocadas no desfile de domingo), Mangueira, Mocidade, Beija-Flor (primeiras colocadas do desfile de segunda-feira), Cabuçu e Santa Cruz (campeãs do grupo 1-B). A Portela ficou com a segunda colocação nessa apresentação.

Mas mal havia terminado o carnaval 1984 e os portelenses acompanharam mais uma desavença. O presidente Carlinhos Maracanã resolveu extinguir sete alas da Portela. Os respectivos diretores de alas, além de Nézio Nascimento (filho de Natal da Portela), fundaram um movimento que culminou em no surgimento da Tradição. Outros figuras importantes da história da escola, como Tia Vicentina (irmã de Natal), Marlene (filha de Nozinho) e Vilma Nascimento (famosa porta-bandeira) e até os sambistas Paulo César Pinheiro e João Nogueira, aderiram à escola dissidente - que teve como primeiro nome Sociedade Cultural e Recreativa Portela Tradição. Por conta de processos na Justiça, o nome Portela teve de ser retirado.

Nos quatro desfiles seguintes, a Portela se manteve entre as melhores colocadas: em 1985 e 1986, ficou na quarta colocação (com os respectivos enredos "Recordar é Viver" e "Morfeu no Carnaval, a Utopia Brasileira"); em 1987 e 1988, levou o terceiro lugar (com os enredos "Adelaide, a Pomba da Paz" e "Na Lenda Carioca, O Sonho do Vice-Rei"). Em 1989, o desfile da escola ficou à cargo do carnavalesco Sílvio Cunha, que propôs o enredo "Achado Não é Roubado", sobre o "descobrimento" do Brasil. Na apuração, a Portela ficou na sexta colocação, resultado que igualava 1967, ano de sua pior colocação em desfiles cariocas.

A partir da década de 1990, a Portela não conseguiu mais emplacar os grandes resultados do passado. Alguns bons desfiles (como os de 1991 e 1995) fizeram os portelenses relembrarem os velhos tempos em que a escola estavam entre as melhores do carnaval, mas foram insuficientes para fazer a azul e branco de Oswaldo Cruz voltar ao topo do carnaval carioca. Não só a escola deixou de figurar entre as favoritas dos desfiles, com também passou a se situar apneas em posições intermediárias, algo incomum ao longo dos 65 anos anteriores. Pela primeira vez em sua história, a Portela não conquistaria um título em uma década inteira.

O enredo do desfile de 1990 foi "É de Ouro e Prata Esse Chão". Pela primeira vez, uma mulher havia vencido uma disputa pelo samba-enredo: Gracíola Silva - ou apenas Cila, que, antes de fazer parte da ala de compositores, era cantora de sambas de quadra da escola - compôs o tema daquele carnaval, em parceria com com Espanhol e Sylvio Paulo. Mais uma vez, a comissão de frente portelense contou com componentes de sua Velha Guarda. O sambista Zeca Pagodinho, que alguns anos antes despontava como cantor e compositor, teve também a honra de desfilar ao lado dos bambas. Outros destaques no desfile foram Efigênia Xavier, Elizeth Cardoso, Dona Jurema, Surica, Eunice, Marilda, Doca e Jovelina Pérola Negra. Na apuração, um 10º lugar, o pior da história da escola até então. Em 1991, o carnavalesco Sylvio Cunha elaborou um enredo abordando tipos de vaidade. O samba-enredo "Tributo à Vaidade", assim como o desfile da escola, causaram boa impressão no público e na crítica - conquistando quatro Estandartes de Ouro. Mas o favoritismo não se confirmou na quarta-feira de cinzas, quando as notas dos jurados foram apuradas e a Portela terminou apenas com o sexto lugar. No ano seguinte, a escola levou à Sapucaí o enredo "Todo Azul Que o Azul Tem", com referência a uma das cores portelenses (o azul do céu, do mar, da natureza, et cetera) e que deu um quinto lugar à agremiação.

Com o enredo "Cerimônia de Casamento", a Portela levou ao desfile de 1993 um pouco da história do casamento na sociedade ocidental. Nesse ano, a Velha Guarda da Portela (com Bretas, Casquinha, Carioca, Monarco, Wilson Moreira, Jair do Cavaquinho, Periquito, Alberto Lonato, Jorge do Violão, Valdir Galo, Norival Reis, Casemiro da Cuíca, Marcus, Jaú, Ari do Cavaco, Edir Gomes) e convidados apresentavam-se pela última vez na comissão de frente da escola - sua presença era considerada ultrapassada, por não obter mais nota máxima nesse quesito. O resultado da apuração repetiu a 10ª colocação do carnaval de três anos antes. Em 1994, a escola se apresentou com o enredo "Quando o Samba Era Samba", sobre a história do samba, gênero musical que representa a identidade nacional brasileira. Assim, a Portela teve pela primeira vez uma comissão coreografada (eram sete homens e sete mulheres negros). Ainda tendo dois dos 10 carros alegóricos sem entrar na avenida, a Portela amargou um sétimo lugar.

Os compositores Noca, Colombo e Gelson compuseram o samba-enredo "Gosto que me enrosco" para o desfile de 1995, que marcou a volta de Paulinho da Viola, que não desfilava pela Portela havia quase 20 anos depois. A passista Nega Pelé tomava o lugar de madrinha de bateria da modelo Luiza Brunet, que ocupava o lugar por anos. O enredo trabalhado pelo carnavalesco José Félix contava a história do carnaval no Brasil, como uma herança portuguesa com influência dos demais povos que formam a identidade brasileira, fez sucesso durante o desfile na Marques de Sapucaí. A crítica especializada apontava favoritismo para a Portela na apuração, mas a escola ficou apenas 0,5 ponto atrás da campeã Imperatriz. O vice-campeonato é o melhor resultado dos portelenses desde o título do carnaval de 1984.

Nos dois desfiles seguintes, a Portela terminou com um modesto oitavo lugar. Em 1996, com o tema "Essa Gente Bronzeada Mostra o Seu Valor", a escola se apresentou com expectativa de fazer uma grande apresentação, mas próximo do fim do desfile, o quinto carro alegórico quebrou, levando prejuízo à apuração. Já em 1997, o enredo "Linda, Eternamente Olinda" homenageava a cidade pernambucana, um dos principais redutos do carnaval brasileiro. Entre os destaques do desfile, estava o cantor porto-riquenho Ricky Martin. Novamente, o desfile foi prejudicado por problemas técnicos (uma das patas da águia, do carro abre-alas, quebrou). Em 1998, com o enredo "Os Olhos da Noite", idealizado e desenvolvido pelo carnavalesco Ilvamar Magalhães, a escola conseguiu ficar entre as melhores do carnaval carioca, obtendo um quarto lugar. Em 1999, a Portela apresentou o enredo "De volta aos caminhos de Minas Gerais", em homenagem ao Estado brasileiro. Como vinha ocorrendo nos últimos anos, a escola teve problemas durante o desfile. Desta vez, um dos destaques do carro abre-alas teve um mal-estar ainda no início do desfile, interrompendo a evolução da escola, o que comprometeria a harmonia. A escola terminou o carnaval apenas com o oitavo posto.

Assim como havia ocorrido no decênio anterior, a Portela passou a primeira década do século XX sem títulos do carnaval carioca. Na maior parte dos resultados do período, a escola amargou posições distantes do topo - inclusive, por pouco não foi rebaixada na apuração do desfile de 2005. Nos dois últimos anos da década, porém, fez bons carnavais, colocando-se no grupo das quatro melhores escolas de samba.

A Liga Independente das Escolas de Samba determinou que o carnaval de 2000 fosse temático, em comemoração aos 500 anos do "descobrimento" do Brasil, com todas as escolas abordando alguma parte da história brasileira. A Portela foi à avenida com o enredo "Trabalhadores do Brasil - A Época de Getúlio Vargas" e, em vez de uma águia, abriu seu desfile com cinco águias. Na apuração, a escola não passou do 10º lugar, repetindo a pior posição da agremiação nos carnavais de 1990 e 1993. No ano seguinte, outra vez o 10º posto no julgalmento dos jurados da LIESA para o desfile portelense, idealizado pelo carnavalesco Alexandre Louzada (de volta a escola após 15 anos) e que teve o enredo "Querer é Poder", que abordava as diversas formas de poder. Em 2002, a Portela teve como enredo a história do Estado do Amazonas: "Amazonas, esse desconhecido: delírios e verdade do eldorado verde" relembrava os mais nostálgicos o tema do carnaval portelense campeão de 1970, que cantou as lendas e os mistérios da Amazônia. O compositor David Correia venceu seu principal oponente Noca da Portela, que tentava sua sexta vitória, e conquistou seu sétimo concurso de samba-enredo, superando Candeia e Waldir 59, dois dos maiores ícones da Portela. Mais uma vez, Paulinho da Viola esteve no desfile, ao lado de Dodô - a primeira porta-bandeira da escola em 1935. O bom desfile fez com que especialistas colocassem a Portela ao menos no desfile das campeãs. Mas na apuração, duas notas ruins no quesito harmonia - 8.0 e 8.1 - acabaram com as pretensões portelenses. Com apenas o oitavo lugar, a diretoria da escola organizou um ato público, do qual participou também o Império Serrano, e foi feito um "enterro simbólico" de dois julgadores.

No ano seguinte, a Portela desfilou com o enredo "Ontem, hoje e sempre Cinelândia: o samba entre em cena na Broadway brasileira", sobre a Cinelândia, espaço histórico carioca de manifestações políticas, estudantis, culturais e boêmias. O carnavalesco Alexandre Louzada enfrentou dificuldades para preparar a escola, que não contou com aporte de recursos que teve no ano anterior - quando teve ajuda de empresas privadas e o governo do Amazonas. Com um desfile sem grandes pretensões e um carro-alegórico que teve problemas em frente à cabine de jurados, a Portela repetiu o oitavo lugar do desfile do ano anterior. Terminado o carnaval 2003, a escola perdeu Louzada, que pediu demisssão justificado pela falta de investimento da gestão de Carlinhos Maracanã. Em abril daquele ano, um grupo de 20 homens armados invadiu a quadra da Portela, em protesto contra a administração do bicheiro a frente da escola desde 1972. Os invasores exigiam a renúncia de Maracanã e sua substituição por Nilo Figueiredo, que havia sido vice-presidente na gestão de Natal da Portela. A ocupação durou 24 horas, mas foi o suficiente para colocar pressão sobre Carlinhos Maracanã. Ainda no final daquele ano, a diretoria afastou o mestre de bateria Carlinhos Catanha, também por desavenças, e colocou em seu lugar Mestre Mug.

Em 2004, a Portela foi uma das quatro escolas que reeditou sambas antigos. Os portelenses escolheram "Lendas e mistérios da Amazônia", enredo do título de 1970. Naquele mesmo ano, foi homenageada pela própria Tradição, que colocou no abre-alas o nome Portela e reeditou o samba-enredo portelense "Contos de Areia". Novamente sem grandes investimentos, a escola de Oswaldo Cruz ficou apenas com o sétimo lugar, com 384,9 pontos. Depois daquele carnaval e já muito desgastado e alvo de críticas pelos sucessivos fracassos nos carnavais dos últimos anos, Carlinhos Maracanã afastou-se do comando da Portela, após mais de três décadas a frente da agremiação. O processo eleitoral foi muito conturbado. Na eleição convocada para 16 de abril, a oposição não havia lançado chapa, alegando ter sido expulsa da escola. Marcos Aurélio Fernandes, então assessor de Maracanã e candidato único, venceu o pleito, mas os oposicionistas entraram na Justiça no início de maio, pouco depois de Marquinhos (então com 29 anos) ter sido empossado. Uma nova eleição foi marcada para o final de julho. Houve carreatas organizadas por Madureira e Oswaldo Cruz e o recadastramento de sócios - embora tenha havido denúncias de assinaturas falsas. Por muito pouco, integrantes da Velha Guarda tiveram seu direito de voto cassado, po conta de um acordo entre as chapas - esse direito só foi obtido novamente na Justiça e às vésperas da eleição. Finalmente, em 26 de julho, os sócios da Portela com direito a voto escolheram seu novo presidente. O oposicionista Nilo Figueiredo, velho aliado de seu Natal, conquistava o cargo, por 131 votos a 118, colocando fim a era de Carlinhos Maracanã na Portela.

A nova diretoria tratou logo de afastar colaboradores da antiga administração, até mesmo os poucos avanços não foram reconhecidos. Carlos Monte (pai da cantora Marisa Monte) assumia a diretoria cultural, o título do enredo para 2005 foi modificado e o carnavalesco Jorge Freitas era dispensado - o carnaval ficaria a cargo de uma comissão da escola. O samba-enredo vencedor foi o de Noca da Portela, embora a composição de Júnior Scafura fosse a preferida da maioria dos portelenses. A escola teve também dificuldades para captar recursos para o desfile, que viriam de empresas indicadas pela Organização das Nações Unidas, já que o enredo "Nós Podemos: Oito Idéias para Mudar o Mundo" divulgaria as oito metas para o Desenvolvimento do Milênio do organismo internacional. Dois dias antes do desfile, a parte traseira do carro abre-alas pegou fogo no barracão, e não tempo para reparos. No dia do desfile, o mesmo carro entrou na avenida com a águia desfigurada, já que durante a concentração os componentes não conseguiram colocar suas asas. Mestre Marçalzinho (filho de mestre Marçal estreava como diretor de bateria. Um novo casal de mestre-sala e porta-bandeira, formado por Paulo Roberto e Andréia Neves, defendia o pavilhão portelense. A modelo Naomi Campbell e o ator Renato Aragão foram duas outras atrações. Com grande quantidade de alas, a escola corria risco de não terminar o desfile dentro do tempo estabelecido. E ao final, ocorreu um grande incidente. O último carro alegórico, que traria a Velha Guarda da Portela, não entrou na avenida.nota 8 Sem tempo, a diretoria decidiu pedir o fechamento do portão da concentração, assim, a Velha Guarda da escola e sua ala de compositores ficaram impedidos de desfilar. Após muita discussão e com o desfile dado como encerrado pela LIESA, os portões foram reabertos e os integrantes da Velha Guarda passaram pela avenida e foram ovacionados. Além dos grandes constrangimentos dentro do mundo do samba, os portelenses ficaram apreeensivos com a possibilidade de rebaixamento. Na apuração, a escola obteve 383,9 pontos, ficando na penúltima colocação e sua pior posição na história do carnaval. No entanto, o 13º lugar foi o suficiente para a escola permanecer no Grupo Especial, já que naquele ano apenas uma agremiação seria rebaixada para o Grupo de Acesso. A partir desse ano, a Portela passou a ter em seu contingente a participação de uma ala com portadores de necessidades especiais.

Em 2006, a Portela teve o enredo "Brasil Marca a Tua Cara e Mostra Para o Mundo", sobre a miscigenação do povo brasileiro. A escola apresentou-se debaixo de garoa e teve a sua tradicional Velha Guarda, desta vez, no carro abre-alas. Na apuração, a escola fez 393,2 pontos, ficando na sétima colocação.64 Em 2007, com o enredo "Os Deuses do Olimpo na Terra do Carnaval - Uma Festa do Esporte, da Saúde e da Beleza", sobre os Jogos Pan-americanos de 2007. Com problemas técnicos em dois carros e ficando um pouco a desejar em quesitos como alegorias e adereços, fantasia, harmonia, a Portela somou 394,8 pontos na apuração e ficou em oitavo lugar.

Os dois desfiles seguintes foram melhores para a Portela, que voltou a ficar entre as melhores do carnaval carioca. Para a competição de 2008, a escola escolheu um tema sobre preservação ambiental, com o nome "Reconstruindo a Natureza, Recriando a Vida: o Sonho Vira Realidade". Dificuldades para obter recursos e o atraso no trabalho de barracão durante a fase pré-carnavalesca eram indícios de que a agremiação não faria um bom desfile. Mas com a chegada dos ensaios técnicos, a Portela superou as desconfianças. Com uma boa apresentação na Marques de Sapucaí, a escola somou 396,8 pontos, terminando na quarta colocação. Era o melhor resultado em 10 anos, e a Portela voltaria a desfilar entre as melhores do carnaval daquele ano. Em 2009, o enredo escolhido foi "E Por Falar em Amor… Onde Anda Você"? de autoria dos carnavalescos Lane Santana e Jorge Caribé, tendo como tema o amor em suas mais variadas formas e épocas. Assim como no ano anterior, a Portela fez um grande desfile. Levou a avenida seu maior carro abre-alas (com uma águia dourada) até então e teve como grandes destaques a comissão de frente, o canto dos componentes e a bateria. Ainda contou com a volta da modelo Luma de Oliveira à escola, agora na condição de rainha de bateria. Na apuração, a Portela manteve-se entre as primeiras e terminou na terceira colocação, com 397,9 pontos - a 1 ponto da Acadêmicos do Salgueiro e apenas 1 décimo atrás da Beija-Flor.

O pré-carnaval da Portela para o desfile 2010 foi conturbado. A começar pela escolha dos carnavalescos Alex de Oliveira e Amauri Santos, que não tinham experiência com agremiações do Grupo Especial, com a missão de carnavalizar o enredo "Derrubando fronteiras, conquistando a liberdade… um Rio de paz em estado de graça!", sobre os impactos da tecnologia no desenvolvimento social, mas um tema pouco afeito à tradição da Portela. O samba-enredo escolhido68 69 e os atrasos nos trabalhos de barracão desagradavam e preocupavam a comunidade portelense. O desfile ficou àquem do esperado, com a escola somando 295,2 pontos e ficando apenas na nona colocação entre 12 competidoras.

Ainda em 2010, a diretoria contratou o carnavalesco Roberto Szaniecki para substituir o dupla Amauri Santos e Alex de Oliveira. o presidente Nilo Figueiredo, reeleito naquele ano, havia anunciado que o enredo para 2011 seria "Portela dos Grandes Carnavais", sobre a própria escola. Mas o dirigente voltou atrás, alegando falta de patrocínio, e definiu o tema "Rio, Azul da Cor do Mar", sobre a relação do homem com o mar. Mais uma vez pela falta de recursos e de planejamento, a escola sofreu com atrasos em sua preparação para o desfile. Contudo, o pior estava por vir, quando em 7 de fevereiro de 2011 um incêndio acidental destruiu os barracões da Portela, Grande Rio e União da Ilha. A escola não teve danos significativos nos carros alegóricos, mas perdeu quase 3.000 fantasias. Respaldados pela prefeitura do Rio de Janeiro, a diretoria da LIESA e os presidentes das Escolas de Samba do Grupo Especial determinaram que Portela, Grande Rio e União da Ilha desfilariam, mas não seriam julgadas. Não haveria ainda rebaixamento para o Grupo de Acesso. Pela primeira vez desde o início dos concursos carnavalescos, em 1932, a Portela não foi avaliada, mas mesmo assim, a escola fez um bom desfile.

Com o enredo de carnaval "E o Povo na Rua Cantando. É Feito uma Reza, um Ritual", sobre festas e rituais da Bahia, a Portela fez um bom desfile,80 mas terminou a apuração apenas na sexta colocação, com 298,2 pontos.

Para 2013, cogitou-se[quem?] apresentar um enredo sobre a Lapa[carece de fontes], mas decidiu falar sobre o bairro de Madureira, onde está localizada atualmente a quadra da escola. Com um novo casal de mestre-sala e porta-bandeira, formado por Róbson e Ana Paula82 , que substituem o melhor desse quesito na escola, nos últimos anos (Rogerinho e Lucinha Nobre, que foram afastados sem motivos pelo presidente da escola. O começo do desfile foi tenso. Na concentração, uma alegoria bateu numa árvore desequilibrando uma destaque de 41 anos que caiu de uma altura de quatro metros. Fora disso fez uma grande apresentação contando a história do bairro boêmio de Madureira entre muitos cenários como o Mercadão de Madureira numa alegoria com caixas de madeira e personagens do cotidiano do bairro. Paulinho da Viola também foi homenageado nesse enredo em um dos carros alegóricos. A Portela amargou o 7º lugar.

Em 29 de março de 2013, a Portela perdeu seu puxador Gilsinho, que foi para a Vila Isabel.

Após o Carnaval 2013, formou-se um movimento de oposição que promoveu carreatas e diversos eventos pelo bairro de Madureira, e culminou na eleição de 19 de maio, onde enfrentaram-se as chapas 1, "Portela Nossa Paixão", encabeçada pelo então presidente, Nilo, e seu filho, vice-presidente, candidatos à reeleição, e a chapa 2, "Portela Verdade", formada por Serginho Procópio, compositor e membro da velha-guarda, e o policial Marcos Falcon, além de Monarco como presidente de honra da chapa. Após muita expectativa, por volta das 21:45, Serginho Procópio foi declarado vencedor. O próprio Nilo anunciou o resultado. O resultado terminou com 154 votos para Serginho, 151 Nilo e 8 votos nulos.

Para 2014, a equipe foi apresentada: o carnavalesco Alexandre Louzada, o diretor de carnaval Luiz Carlos Bruno, o puxador Wantuir, o mestre-sala Diogo Jesus e a porta-bandeira Danielle Nascimento e Ghislaine Cavalcanti, coreógrafa da comissão de frente. O enredo de 2014 "Um Rio de mar a mar: do Valongo à gloria de São Sebastião" vai abordar como o carioca se adaptou ao longo dos às transformações na região entre a Zona Portuária e o bairro da Glória.

A azul e branco fez o melhor desfile nos últimos anos, sendo apontada com favorita junto com Salgueiro e Unidos da Tijuca. Obteve o terceiro lugar, com 299 a 4 décimos da campeã. O resultado foi comemorado pela diretoria e torcida.

Antes do carnaval 2014, a azul e branca de Madureira, assim como a sua afilhada União da Ilha. já definiu o enredo pra 2015, que será sobre os 450 anos da cidade do Rio de Janeiro. com a continuidade do carnavalesco Alexandre Louzada. e há aquisição de Wander Pires, que se destacou durante a final de samba-enredo, sendo promovido ao posto de intérprete principal, ao lado de Wantuir. sendo um de seus destaques a Águia Redentora entretanto com muitos altos e baixos, a escola amargou a 5º colocação.

Para 2016, a escola traz o badalado Paulo Barros, como seu carnavalesco e trocando a direção da harmonia. mantendo o resto. num enredo sobre a própia escola, onde foi pelo público e crítica, a escola esteve perto da taça, mas terminou em 3° lugar, a 0,1 da campeã. depois do carnaval Marcos Falcon até então vice venceu o pleito da escola e se tornou presidente da escola. mas meses depois de sua oficialização Falcon foi assinado a tiros no seu comitê de campanha a vereador da cidade do Rio de Janeiro, assumindo como presidente o historiador Luis Carlos Magalhães, que era vice na chapa vencedora.

Depois de 33 anos sem ganhar a Portela conquista seu 22º título numa disputa acirrada nos último quesito. depois do carnaval Paulo Barros aceitou a proposta da Vila e deixou a agremiação, com isso a azul e branca de Madureira traz a consagrada Rosa Magalhães, que estava na São Clemente.


1932 2 1
1932 2 1
1933 4 1
1934 2 1
1935 1
C
1
1936 3 1
1937 2 1
1938 0 1
1939 1
C
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1940 5 1
1941 1
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1942 1
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1943 1
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1
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1
1948 3 1
1949 2 1
1950 2 1
1951 1
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1952 0 1
1953 1
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1954 4 1
1955 3 1
1956 2 1
1957 1
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1960 1
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1961 3 1
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1963 4 1
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1965 3 1
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1967 6 1
1968 4 1
1969 3 1
1970 1
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1971 2 1
1972 3 1
1973 4 1
1974 2 1
1975 5 1
1976 4 1
1977 2 1
1978 5 1
1979 3 1
1980 1
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1981 3 1
1982 2 1
1983 2 1
1984 1
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1
1984 2 1
1985 4 1
1986 4 1
1987 3 1
1987 3 1
1988 5 1
1989 6 1
1990 10 1
1991 6 1
1992 5 1
1993 10 1
1994 7 1
1995 2 1
1996 8 1
1997 8 1
1998 4 1
1999 8 1
2000 10 1
2001 10 1
2002 8 1
2003 8 1
2004 7 1
2005 13 1
2006 7 1
2007 8 1
2008 4 1
2009 3 1
2010 9 1
2011 0 1
2012 6 1
2013 7 1
2014 3 1
2015 4 1
2016 3 1
2017 1
C
1
2018 4 1
2019 4 1
2020 7 1
2022 5 1
2023 10 1
2024 5 1
2025 0 1



Madrinha Não Disponível
Bairro Madureira - Oswaldo Cruz
Cidade Rio de Janeiro
Presidente Fábio Pavão
Carnavalesco André Rodrigues - Antônio Gonzaga
Intérprete Gilsinho
Mestre-Sala e Porta-Bandeira Marlon Lamar - Squel Jorgea
Bateria Nilo Sérgio
Rainha de Bateria Bianca Monteiro
Madrinha de Bateria
Rei de Bateria